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Formas de propaganda do Estado Novo

Desde a aprovação pela Constituição Portuguesa, de 1933, até ao seu final, em 25 de Abril de 1974, o Estado Novo vigorou em Portugal durante 41 anos, ininterruptamente.

Este estado policial apoiou-se na censura, na propaganda, nas organizações paramilitares, nas organizações juvenis, no culto do líder e na Igreja Católica.

É esta a visão do João do 6º B das formas de propaganda do Estado Novo.

A profª de História Ana Santos.

 

 

Formas de Propaganda do Estado Novo

 

O Estado Novo utilizou um sistema organizado de propaganda para formar uma sociedade obediente, ou seja, os Portugueses deveriam defender e viver de acordo com os valores de “Deus, Pátria e Família” e deveriam também considerar o chefe de governo como o “Salvador da Pátria”.

Para isso utilizaram um forte sistema de propaganda que se fazia sentir em áreas consideradas fundamentais para o país como por exemplo:

No ensino, o Estado Novo exercia um controlo rigoroso sobre os programas escolares escolhendo os livros e adotando um único manual escolar. Ao mesmo tempo que se aprendia, eram transmitidos os valores defendidos pelo Estado, cujo objetivo era elogiar a ação do governo. Desde cedo, incutiam uma lógica de nacionalismo exacerbado que, aliado ao patriotismo e ao imperialismo, fomentava a ideia de superioridade da nação, da raça e da religião católica. Os professores eram controlados de tal forma que assinavam uma declaração em que não professavam ideologias contra o Estado Novo.


Na cultura, organizavam imponentes exposições para divulgar os grandes feitos do Estado Novo e dos Heróis da História Portuguesa. Para valorizar a cultura e a grandeza do Império promoveram concursos, festivais de folclore e exposições, destacando-se a exposição do Mundo Português em 1940. Organizavam desfiles e comícios onde Salazar discursava.

Em 1933 foi criado o Secretariado de Propaganda Nacional que procurava conciliar a vanguarda e a tradição. A face mais visível da ação do Secretariado era a elaboração de cartazes que transmitiam mensagens a favor do regime (um cartaz do território colonial português passava a ideia de que a superfície do Império Colonial era correspondente a uma área considerável do território europeu). Eram também distribuídos cartazes com mensagens de glorificação da infalibilidade do chefe e da exaltação das realizações do Estado Novo (denegrindo a 1ª Républica).


Foram também criadas organizações como a Mocidade Portuguesa, em 1936, à qual pertenciam jovens entre os 7 e os 14 anos e que tinha como objetivo influenciar as camadas mais novas numa lógica de obediência ao Estado Novo e ao Dever Militar.

Por fim, Salazar preocupou-se também em controlar os tempos livres dos trabalhadores e das suas famílias, sobretudo as dos meios urbanos, tendo criado em 1935 a Federação Nacional para a alegria no Trabalho (FNAT) para a promoção de atividades culturais, desportivas e recreativas. Foi, também, criado em 1936 uma organização de enquadramento das mulheres - a Obra das Mães pela Educação Nacional (OMEN), para difundir o papel da mulher como mãe, zelosa da família e das tarefas domésticas e esposa obediente ao marido (chefe de família).

Em resumo, os mecanismos de controlo da população criados foram:

●    O Secretariado de Propaganda Nacional;

●    A Federação Nacional para a Alegria no Trabalho (FNAT);

●    A Mocidade Portuguesa;

●    A Obra das Mães pela Educação Nacional (OMEN);

●    Controlo do Ensino nas Escolas;

●    Organização de exposições.

 

 

Bibliografia:

Cirne, Joana; Henriques, Marília; Santos, Armando José; Viagens no Tempo, 6º Ano História e Geografia de Portugal, 1ª Ed., Areal Editores, Porto, 2022.

Webgrafia:

 

João Amorim Domingues 6º B

 

 

 

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